MANGÁ VERSUS, DO MESMO AUTOR DE ONE PUNCH MAN, FOI UM ERRO?

Mais de um ano depois, e como anda o mangá de Versus, do criador de One Punch Man?


Versus começou com uma mensagem forte “inimigos naturais que predam humanos”...


Entregando uma trama inicial excelente mas muito ousada, ONE nos proporcionou uma história que facilmente dividiria opiniões.


No início tínhamos heróis, um mundo de magia medieval e diversos lordes demônios que eram imbatíveis.


Logo de cara, achei que teria uma pegada cômica, e que o nosso protagonista seria um pouco atrapalhado e medroso. Algo que mudou muito e nem chegou a se concretizar durante o mangá.


Neste mundo místico também tínhamos demonstrações fortes de parceria e amizade e muita determinação para mudar o destino da terra que estava completamente ameaçada pelos monstros que ali habitavam.


Ou seja, um contraste com o Saitama ou talvez o Mob.


A aventura começava e já me sentia empolgado por aquilo achei que seria shonen decente, duradouro e com progressão gradual.

 

Ledo engano…


Tudo aconteceu muito rápido… Versus acontece muito rápido, mas ao mesmo tempo prende de uma maneira que faz o mês de espera entre um capítulo e outro parecer um ano…


Porque os capítulos sempre terminam na hora certa, sempre no clímax, sempre apresentando uma reviravolta.


Mas eu vou explicar melhor.


Logo de cara tínhamos nosso primeiro plot twist.


De um mundo simples e linear, tradicional e habitual para o que lemos em outros mangás, aquilo se transformou em um carnaval universal.Com pouco fôlego devido a incrível batalha que Halo havia tido com um dos lordes demônios, que meu irmão, foi sensacional, e rendeu a ele um braço a menos, todo o universo do mangá se transforma, outros mundos são somados e se mesclam em um só.


Isso, mesmo, a história não seria simples, e a trama teria múltiplos desafios. One fez o próprio chão de vidro. Em um universo que se uniu com outros 12 universos, agora tínhamos não somente 1 ameaça, mas 13, assim como não somente 1 mundo desesperado, mas sim 13 deles.


13 grupos de humanos combatendo 13 grupos de ameaças naturais, em único planeta com elementos de 13 universos paralelos!


Mas isso não foi apresentado de vez, de início a gente achou que seriam somente dois universos, então imagine a surpresa em perceber que seriam mais que dois.


Para quem capta as coisas rápido percebeu logo que isso aqui seria um jogo de xadrez…

Aparentemente a resposta não era ficar mais forte como nos outros shonens tradicionais e sim fazer com que os inimigos lutassem entre si.


Afinal de contas, só existe soberania se eles forem únicos.


Ainda chegamos a suspeitar que os humanos, de diferentes tipos, de diferentes universos, de diferentes habilidades e poderes, poderiam fazer um intercâmbio de inimigos. A magia do mundo mágico poderia ter uma aptidão para derrotar robôs, e as armas tecnológicas do mundo desenvolvido poderiam derrotar monstros com facilidade… mas não, era tudo balela.


A saída realmente era usar a cabeça!


Os laços foram se estreitando… E um acampamento multicultural se estabeleceu, assim com a aliança de inteligência contra as diversas ameaças naturais.


Além dos demônio e das máquinas assassinas, tínhamos infectados, gigantes, um godzilla, aliens, animais selvagens, uma raça humana evoluída e maléfica, um deus impiedoso, um mundo amaldiçoado, um mundo virtual traiçoeiro, humanos psicopatas, e uma árvore da morte…


No centro de tudo isso, aquele que se mostrou covarde no início era quem inspirava forças para continuar a batalhar contra todas as ameaças, Halo sempre foi o mais decidido e obstinado a ver a felicidade dos humanos retornar.


No meio de tudo isso tínhamos figuras que organizavam o conselho para que todos os processo de decisão rodassem de modo sensato.


Afinal de contas, como um grande famílias, atritos sempre iriam acontecer, mas não para o mal, e sim com irmão que brigam quando estão decidindo sobre algo.


Tudo isso em 6 capítulos… então naquele momento o ONE percebeu que deveria desenvolver um pouco mais as personalidades presentes na história…


Com quase tudo apresentado, tivemos um freio nos plots twists, mas em contrapartida, aquilo se tornava pessoal.Muitos humanos continuavam morrendo para que os planos pudessem acontecer de forma ideal.


Aqueles que achávamos que eram sem caráter, se transformaram em ídolos aos nossos olhos.Os humanos aos poucos se mostraram mais fortes do que aparentavam, e as ameaças começaram a ficar irritadas com toda aquela revolta.


Mas mesmo assim, diante de toda a superioridade daquelas raças evoluídas, parecia que nada teria jeito.


Quanto a trama, ao poucos a resistência conseguia encaixar as peças do quebra cabeça, mas muitas faltavam. E parecia que peças de outro jogo acabavam se misturando ali naquela mesa.


Cada vez mais e mais problemas apareciam. Para resolver um problema, era necessário criar outro… Um efeito borboleta sem fim. Um efeito dominó catastrófico.


Nenhum refúgio continuava em pé, e os humanos continuavam tendo que se esconder, de um modo nômade, de um modo contínuo. Mas à medida que a história é revelada, e novos inimigos são introduzidos, nosso apego pela série é renovado.


Então, quando me perguntam o que acho de Versus eu digo sem medo.


Nessa minha rotina corrida que eu tenho, um dos mangás que eu continuo lendo na semana do lançamento é Versus.


Com poucos capítulos muita coisa já foi desenvolvida, e sinceramente, eu acredito que ONE vai dar um belo desfecho para esse conto!

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